Pesquisadores franceses dizem que uma nova cepa COVID detectada em pessoas na França contém 46 mutações - até mais do que o Omicron - o que a torna mais resistente a vacinas e infecciosa. Cerca de 12 casos foram detectados até agora perto de Marselha, com o primeiro relacionado a viagens para o país africano Camarões.
Testes mostram que a cepa carrega a mutação N501Y - observada pela primeira vez na variante Alpha - que os especialistas acreditam que pode torná-la mais transmissível.
Segundo os cientistas, ele também carrega a mutação E484K, o que pode significar que a variante IHU será mais resistente às vacinas.
Ainda não foi detectado em outros países ou rotulado como uma variante sob investigação pela Organização Mundial da Saúde.
Atualmente, o Omicron é a variante dominante do coronavírus na França, juntando-se a outros países europeus como o Reino Unido e Portugal com o aumento do número de casos nos últimos dias.
A agência de saúde pública da França disse recentemente que “62.4 por cento dos testes mostraram um perfil compatível com a variante Omicron”.
A variante Omicron do coronavírus aumentou a média de casos confirmados diários para mais de 160,000 por dia na semana passada, com picos acima de 200,000.
“A onda de maré realmente chegou, é enorme, mas não vamos ceder ao pânico”, disse o ministro da Saúde, Olivier Veran, ao Parlamento.
Em uma tentativa de combater esse aumento, os parlamentares franceses propuseram uma legislação que exigiria que a maioria das pessoas fosse vacinada contra o COVID-19 para entrar em espaços públicos como bares, restaurantes e transporte público de longa distância.