A ITA – A operação da Lufthansa está a tornar-se mais complicada tendo em conta as declarações do Comissário da Concorrência da UE, Didier Reynders, que pretende introduzir regras mais rigorosas para a concessão de aquisições no transporte aéreo.
Em particular, a transferência de faixas horárias para outras transportadoras já não seria suficiente para evitar posições dominantes em comparação com a necessidade de os concorrentes transferirem serviços auxiliares e mesmo contratos com fornecedores para quaisquer atividades colaterais, sem também monitorizar as frotas dos parceiros para contestar quaisquer transferências ou uso de aeronaves.
Até à data, porém, a Lufthansa ainda não transmitiu a notificação do acordo necessária para obter a decisão definitiva da UE sobre toda a operação.
Segundo rumores, eles ainda estão em fase de pré-notificação, o que na verdade amplia em pelo menos 60 dias o prazo para o descolamento definitivo da parceria.
A tudo isto somam-se litígios judiciais de 1,200 ex-funcionários da Alitalia, que já resultaram em sentenças não totalmente favoráveis à antiga companhia aérea nacional italiana. A emissão de decisões a favor de alguns trabalhadores, com a obrigatoriedade de recontratação pelo ITA, levou o governo italiano a aprovar um decreto – de constitucionalidade duvidosa – que afasta a tese de que a transferência das atividades da Alitalia para o ITA possa ser considerada uma sucursal da empresa.
Uma “medida” para evitar uma possível obrigação da ITA de reabsorver recursos excedentários, com um consequente compromisso económico de dezenas de milhões que a Lufthansa já fez saber que não pretende cobrir, também ofusca a possibilidade de saída do acordo.
Há várias semanas que os dirigentes da transportadora alemã reiteram que o primeiro passo do acordo envolve a aquisição de 41% das ações da ITA, com um aumento de capital de 325 milhões de euros sem novas diligências.
O QUE RETIRAR DESTE ARTIGO:
- Em particular, a transferência de faixas horárias para outras transportadoras já não seria suficiente para evitar posições dominantes em comparação com a necessidade de os concorrentes transferirem serviços auxiliares e mesmo contratos com fornecedores para quaisquer atividades colaterais, sem também monitorizar as frotas dos parceiros para contestar quaisquer transferências ou uso de aeronaves.
- Evitar uma possível obrigação da ITA de reabsorver recursos excedentários, com o consequente compromisso económico de dezenas de milhões que a Lufthansa já fez saber que não pretende cobrir, ofusca também a possibilidade de retirada do acordo.
- Há várias semanas que os dirigentes da transportadora alemã reiteram que o primeiro passo do acordo envolve a aquisição de 41% das ações da ITA, com um aumento de capital de 325 milhões de euros sem novas diligências.