Um relatório de afiliados de referência foi publicado pela Associação Mundial de Turismo da ONU (UNTWO) em parceria com a Associação Internacional de Viagens para Gays e Lésbicas. O Relatório Global sobre o turismo LGBT foi lançado em janeiro de 2012 e constatou que os destinos que oferecem uma cultura tolerante estavam colhendo os benefícios do aumento das viagens para – e gastos de – viajantes gays.
O relatório alertou contra fazer suposições sobre esse mercado, pois a sexualidade não é necessariamente um indicador de status socioeconômico ou opções de lazer. Embora seja difícil medir com precisão o impacto do turismo gay, fontes nos EUA atribuem 5% dos gastos com turismo ao mercado LGBT. Na Cidade do Cabo, acredita-se que seja de 10 a 15% de todos os turistas.
Atitudes progressistas em países como África do Sul, Argentina, Índia, Espanha, México e Coreia do Sul têm atraído o mercado LGBT em massa. O mercado de casamentos para este setor é um grande impulsionador, e o setor LGBT parece ter resistido à tendência de recessão, trazendo gastos acima da média para seus destinos de férias. Além disso, o advento das leis de casamento entre pessoas do mesmo sexo fez com que muitos casais gays agora viajassem com filhos e gastassem no mercado familiar.
Geralmente experientes na mídia digital, as viagens LGBT são influenciadas pelas mídias sociais e pelo boca a boca digital ou real. A Cidade do Cabo é a favorita dos viajantes gays por sua beleza incomparável, estilo de vida diversificado, pessoas coloridas e grande população gay local. Eventos sul-africanos como Gay Pride, The Pink Loeries Mardi Gras, Out in Africa Film Festival, MCQP e Mr. Gay South Africa são outros motivos para os viajantes LGBT escolherem SA como destino. O Guardian do Reino Unido reconheceu a Cidade do Cabo como “um dos dez destinos gays mais populares do mundo”.
As associações de marketing de destino que estavam atraindo com sucesso o mercado LGBT estavam trabalhando proativamente em exposições e feiras voltadas para gays, mas também estavam alinhadas com organizações de direitos iguais que promoviam a tolerância. Segundo a Associação Internacional de Viagens LGBT, “alcançar os viajantes LGBT de maneira informada e autêntica é essencial”. Em particular, os viajantes LGBT eram sensíveis a destinos que só estavam interessados em seu dinheiro.
Em 2011, um total de 76 países no mundo ainda tornavam a homossexualidade ilegal e, destes, cinco ainda a consideravam punível com a morte. A UNTWO aponta que a luta pelos direitos dos homossexuais é uma luta pelos direitos humanos.
O QUE RETIRAR DESTE ARTIGO:
- O Relatório Global sobre Turismo LGBT foi lançado em Janeiro de 2012 e concluiu que os destinos que oferecem uma cultura tolerante estavam a colher os benefícios do aumento das viagens – e dos gastos por – viajantes gays.
- O mercado de casamentos para este sector é um grande impulsionador, e o sector LGBT parece ter contrariado a tendência de recessão, trazendo gastos superiores à média para os seus destinos de férias.
- Embora seja difícil medir com precisão o impacto do turismo gay, fontes nos EUA atribuem 5% dos gastos com turismo ao mercado LGBT.