Grupo de trabalho da Assembleia Geral se reúne para estudar a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica marinha

NOVA YORK (Divisão das Nações Unidas para Assuntos Oceânicos e Direito do Mar/DOALOS) ― Um grupo de trabalho estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas se reunirá de 28 de abril a 2 de maio em Nova York para considerar possíveis medidas que países e organizações intergovernamentais podem tomar para conservar e gerir a biodiversidade marinha em áreas fora da jurisdição nacional.

NOVA YORK (Divisão das Nações Unidas para Assuntos Oceânicos e Direito do Mar/DOALOS) ― Um grupo de trabalho estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas se reunirá de 28 de abril a 2 de maio em Nova York para considerar possíveis medidas que países e organizações intergovernamentais podem tomar para conservar e gerir a biodiversidade marinha em áreas fora da jurisdição nacional.

A reunião de uma semana discutirá os impactos ambientais das atividades humanas na diversidade biológica marinha além das áreas de jurisdição nacional e examinará possíveis métodos de gestão. Também abordará questões relacionadas aos recursos genéticos marinhos nessas áreas e discutirá se há uma lacuna legal ou de governança que precisa ser abordada.

A Assembleia Geral criou o Grupo de Trabalho há três anos em resposta ao crescente interesse e preocupação da comunidade internacional em questões relacionadas à conservação e uso sustentável da biodiversidade marinha, dentro e fora das áreas de jurisdição nacional. Os ecossistemas marinhos são essenciais para um ambiente saudável e também contribuem significativamente para o bem-estar humano. Ao mesmo tempo, os impactos causados ​​pelas atividades humanas nos ecossistemas marinhos, incluindo aqueles em áreas fora da jurisdição de qualquer estado, estão aumentando as preocupações.

Naquela época, o Grupo de Trabalho foi solicitado a fazer um levantamento das atividades passadas e presentes das Nações Unidas e outras organizações internacionais relevantes com relação à conservação e uso sustentável da diversidade biológica marinha em alto mar; examinar os aspectos científicos, técnicos, econômicos, legais, ambientais, socioeconômicos e outros dessas questões; identificar questões-chave e questões em que estudos de fundo mais detalhados facilitariam a consideração por parte dos Estados dessas questões; e indicar, quando apropriado, possíveis opções e abordagens de ação.

Reunido pela primeira vez em fevereiro de 2006, o Grupo de Trabalho concordou que a Assembléia Geral tem um papel primordial na abordagem dessas questões, ao mesmo tempo em que reconhece o papel essencial de outras organizações, processos e instrumentos dentro de suas respectivas competências.

O Grupo reiterou também que a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar estabelece o quadro jurídico para todas as atividades nos oceanos e mares, e sublinhou a necessidade de implementar abordagens preventivas e ecossistémicas utilizando a melhor ciência disponível e avaliações prévias de impacto ambiental. A necessidade de abordar as práticas de pesca destrutivas e a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada também foi reconhecida, assim como a importância dos instrumentos de gestão baseados na área, como as áreas marinhas protegidas.

O Grupo de Trabalho concordou na época que mais estudos eram necessários para determinar se existem lacunas de governança em áreas marinhas além da jurisdição nacional e para discutir mais a fundo o status legal da diversidade biológica marinha nessas áreas, incluindo recursos genéticos. O Grupo também pediu o reforço da coordenação e cooperação dentro e entre todos os atores relevantes na conservação e uso sustentável da biodiversidade nessas áreas. A cooperação foi considerada particularmente importante em relação à investigação científica marinha e ao reforço das capacidades.

A próxima reunião do Grupo de Trabalho proporcionará uma oportunidade única para continuar as discussões entre Estados, organizações intergovernamentais e organizações não governamentais, a fim de identificar áreas de convergência a serem construídas para o progresso em direção à conservação aprimorada e uso sustentável da biodiversidade marinha além das áreas de jurisdição nacional.

BACKGROUND

Biodiversidade é a variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens, incluindo ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte; isso inclui a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas (Convenção sobre Diversidade Biológica, artigo 2). A diversidade entre os recursos biológicos, que incluem recursos genéticos, organismos ou partes deles, populações ou qualquer outro componente biótico de ecossistemas com uso ou valor real ou potencial para a humanidade, compõe a biodiversidade.

As áreas marinhas fora da jurisdição nacional compreendem o alto mar e a Área. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS) define o alto mar como “todas as partes do mar que não estão incluídas na zona econômica exclusiva, no mar territorial ou nas águas internas de um Estado, ou no águas arquipelágicas de um Estado arquipélago” (artigo 86.º). A Área é definida como “o fundo do mar e o fundo oceânico e seu subsolo, além dos limites da jurisdição nacional” (artigo 1).

Documentos relevantes

Resoluções da Assembléia Geral: A/RES/59/24, A/RES/60/30, A/RES/61/222, A/RES/62/215
Relatórios do Secretário-Geral: A/60/63/Add.1; A/62/66/Add.2
Agenda provisória da reunião: A/AC/276/L.1
Relatório da reunião anterior do Grupo de Trabalho (2006): 61/65

Para qualquer informação adicional, visite o site da Divisão em www.un.org/Depts/los/index.htm

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Sobre o autor

Linda Hohnholz

Editor-chefe para eTurboNews baseado no eTN HQ.

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