#MeToo coloca os EUA entre os '10 países mais perigosos do mundo para as mulheres'

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Os Estados Unidos são o décimo país mais perigoso do mundo para as mulheres no que diz respeito ao risco de violência sexual, de acordo com uma nova pesquisa.

Os Estados Unidos são o décimo país mais perigoso do mundo para as mulheres no que diz respeito ao risco de violência sexual, assédio e coerção sexual, de acordo com uma nova sondagem de especialistas globais.

Os EUA foram o único país ocidental entre os dez primeiros, enquanto os outros nove países estavam em África, no Médio Oriente e na Ásia, de acordo com a sondagem da Fundação Thomson Reuters a 548 especialistas em questões relativas às mulheres em todo o mundo.

A Reuters disse que a inclusão dos EUA no top 10 se deveu principalmente ao movimento #MeToo contra o assédio e abuso sexual, que foi desencadeado depois de uma série de acusações feitas contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein e que dominou as manchetes durante meses. Mas nem todos aceitaram a classificação dos EUA, com a CBS chamando-a de lista “duvidosa”.

No topo da lista estava a Índia, com o que os especialistas consideraram o maior risco de violência sexual e a ameaça de ser forçado ao trabalho escravo. O Afeganistão e a Síria ficaram em segundo e terceiro lugar, com especialistas citando o alto risco de estupro e abuso de mulheres em países devastados pela guerra, seguidos pela Somália e pela Arábia Saudita.

Especialistas disseram que a posição da Índia no topo da pesquisa reflecte o facto de que, mais de cinco anos após a violação e assassinato de uma estudante num autocarro em Deli, não estava a ser feito o suficiente para combater a violência contra as mulheres.

Manjunath Gangadhara, funcionário do governo do estado de Karnataka, disse que a Índia demonstrou “total desrespeito e desrespeito pelas mulheres” e que o estupro, a agressão sexual, o assédio e o infanticídio feminino têm permanecido “inabalados” na sociedade indiana.

A Índia também foi classificada como o país mais perigoso para as mulheres no que diz respeito ao tráfico de seres humanos, à escravatura sexual, à servidão doméstica e a práticas como o casamento forçado e o apedrejamento.

No que diz respeito à Arábia Saudita, os especialistas reconheceram que foram feitos progressos nos últimos anos, mas disseram que ainda há muito a fazer, citando leis que exigem que as mulheres tenham um tutor masculino consigo em público e leis que impedem as mulheres de obterem um passaporte, viajando ou às vezes nem mesmo podendo trabalhar.

A sondagem foi realizada online, por telefone e pessoalmente e foi distribuída uniformemente entre especialistas da Europa, África, Américas, Sudeste Asiático, Sul da Ásia e Pacífico. Os entrevistados incluíram decisores políticos, trabalhadores de organizações não governamentais, académicos, trabalhadores humanitários e outros profissionais.

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Editor Chefe de Atribuição

O editor-chefe de atribuição é Oleg Siziakov

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