O advogado do sindicato disse que a Qantas “perdeu” no caso, e destacou que: “as grandes empresas usaram a terceirização durante décadas para impedir que os funcionários pudessem negociar coletivamente com elas”, sugerindo que a decisão do tribunal deveria ser usada como precedente no futuro casos de direitos do trabalhador.
Num tweet após a decisão do tribunal, o TWU disse: “Hoje é um grande dia – para os trabalhadores da Qantas, para os trabalhadores da aviação e para todos os trabalhadores dos transportes”.
Embora a decisão signifique que os trabalhadores que foram despedidos poderiam potencialmente recuperar os seus empregos ou receber compensação, nenhum detalhe foi confirmado – o que foi fortemente reiterado pela Qantas no mesmo dia.
A Qantas negou qualquer irregularidade e numa declaração oficial disse que “o julgamento de hoje não significa que a Qantas seja obrigada a reintegrar trabalhadores ou pagar indemnizações ou multas”, alegando que as questões ainda não foram consideradas pelo tribunal e que se oporão a tais ordens.
“A Qantas também buscará que seu recurso seja ouvido o mais rápido possível e antes de qualquer audiência de reparação”, dizia o comunicado. A empresa justificou a terceirização alegando que isso economizaria aos seus proprietários e investidores AU$ 100 milhões (cerca de US$ 73.5 milhões) por ano.
Como parte da sua declaração oficial em resposta à decisão do tribunal, a Qantas chamou o sindicato de “hipócrita” e disse que o seu comportamento – referindo-se ao seu esforço para proteger os direitos dos trabalhadores – “mina a forte cultura de segurança que existe em toda a aviação australiana”.