Os líderes da UE disseram para se preparar para o aumento da migração

O resto do mundo não conseguirá isolar-se dos impactos das alterações climáticas, uma vez que o abastecimento de alimentos e de água será limitado, provocando catástrofes naturais e prejudicando a estabilidade política nos países mais pobres, revelou um novo relatório preparado para os chefes de governo da União Europeia.

O resto do mundo não conseguirá isolar-se dos impactos das alterações climáticas, uma vez que o abastecimento de alimentos e de água será limitado, provocando catástrofes naturais e prejudicando a estabilidade política nos países mais pobres, revelou um novo relatório preparado para os chefes de governo da União Europeia.

A consequência? A Europa terá de se preparar para grandes fluxos migratórios até 2020, dizem os líderes da UE. Segundo o relatório, as ameaças são tão graves que o sistema multilateral de governação global poderia estar em risco se a comunidade internacional não as abordasse.

Citando o documento da UE, o International Herald Tribune refere que, devido à proximidade da Europa com o Norte de África e o Médio Oriente, ambos vulneráveis ​​às pressões causadas pelas alterações climáticas, “a pressão migratória nas fronteiras da UE e a instabilidade política e o conflito poderão aumentar."

A ser apresentado hoje pelo Chefe da Política Externa da UE, Javier Solana, o documento que alerta os líderes da UE que devem preparar-se para um aumento na migração enumera o que foi denominado como uma série de fenómenos. O relatório prevê que no Norte e na África Subsariana, a seca e a agricultura excessiva poderão levar à perda de 75% das terras aráveis; o aumento do nível do mar e a salinização, que ocorre em locais quentes e secos onde os sais solúveis precipitam da água e se acumulam no solo, das terras agrícolas podem ameaçar o Delta do Nilo; e o Corno de África e a África Austral poderão registar menos chuva e temperaturas mais elevadas.

As alterações climáticas, segundo o documento, estão a colocar ainda mais pressão sobre as vias navegáveis ​​no Médio Oriente. Como resultado, espera-se que os rendimentos das colheitas diminuam. Na Ásia, a subida do nível do mar representa um perigo, já que 4 em cada 10 pessoas na Ásia vivem num raio de 38 quilómetros da costa. E, na América Latina e nas Caraíbas, as alterações climáticas resultarão em escassez de água e causarão um declínio na produtividade agrícola.

Está a ser verificado que as pressões acima mencionadas poderão, consequentemente, levar a mais disputas sobre território e abastecimento de água e, como afirma o International Herald Tribune, exacerbar as tensões sociais e religiosas e alimentar a radicalização dos pobres.

O documento Solana afirma que “as Nações Unidas prevêem que haverá milhões de 'migrantes ambientais' até 2020, sendo as alterações climáticas um dos principais impulsionadores deste fenómeno”.

(Com entradas de fio)

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Sobre o autor

Linda Hohnholz

Editor-chefe para eTurboNews baseado no eTN HQ.

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