Na Reunião de Líderes do Fórum das Ilhas do Pacífico, nas Ilhas Cook, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou que o seu governo está disposto a oferecer asilo a toda a população de Tuvalu afectada pelas alterações climáticas.
Tuvalu é uma pequena nação composta por nove ilhas baixas no sudoeste do Oceano Pacífico, entre a Austrália e o Havaí. Tem uma área total de 26 quilômetros quadrados e uma população de 11,426 habitantes, sendo considerada em risco de submersão devido ao aumento do nível do mar.
De acordo com Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), espera-se que metade da capital de Tuvalu, Funafuti, seja inundada pelas marés até 2050.
O pacto “inovador”, oferecido pelo PM Albanese, permitiria que todos os residentes de Tuvalu migrassem legalmente para a Austrália.
Nos termos do acordo assinado por ambos os países, a Austrália comprometeu-se a fornecer assistência a Tuvalu “em resposta a um grande desastre natural, pandemias de saúde e agressão militar”, e a estabelecer uma “recepção dedicada” que conceda residência permanente aos tuvaluanos na Austrália.
Um limite inicial de migração será fixado em 280 pessoas por ano.
Reconhecendo que as alterações climáticas continuam a ser “a maior ameaça aos meios de subsistência, segurança e bem-estar das pessoas no Pacífico”, o gabinete de Albanese disse que a Austrália fará investimentos adicionais para “construir a resiliência dos nossos parceiros do Pacífico”.
“A união Austrália-Tuvalu Falepili será considerada um dia significativo em que a Austrália reconheceu que fazemos parte da família do Pacífico”, disse Albanese.
O governo da Austrália comprometerá pelo menos 350 milhões de dólares em infra-estruturas climáticas na região, incluindo 75 milhões de dólares para um programa de desenvolvimento de energias renováveis em zonas remotas e rurais.
O Primeiro Ministro Albanese também acrescentou que a Austrália estava “aberta a abordagens de outros países sobre como podemos melhorar as nossas parcerias” com as nações do Pacífico.