(eTN) – A Carta Árabe dos Direitos Humanos contém disposições que não atendem às normas e padrões internacionais, incluindo a aplicação da pena de morte para crianças, o tratamento de mulheres e não-cidadãos e a equiparação do sionismo ao racismo, as Nações Unidas disse ontem o chefe dos direitos humanos.
A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Louise Arbor, emitiu um comunicado dizendo que seu escritório “não endossa essas inconsistências [e] continuamos a trabalhar com todas as partes interessadas na região para garantir a implementação de normas universais de direitos humanos”.
A Carta Árabe entrou em vigor no início deste mês depois que sete países ratificaram o texto, levando Arbor a divulgar uma declaração na quinta-feira passada, na qual ela observou que, embora os direitos humanos sejam universais, “os sistemas regionais de promoção e proteção podem ajudar ainda mais a fortalecer o gozo dos direitos humanos”.
A Sra. Arbor disse hoje que ao longo do desenvolvimento da Carta, seu escritório compartilhou preocupações com os redatores sobre a incompatibilidade de algumas disposições com normas e padrões internacionais.
“Essas preocupações incluíam a abordagem da pena de morte para crianças e os direitos das mulheres e não-cidadãos. Além disso, na medida em que equipara o sionismo ao racismo, reiteramos que a Carta Árabe não está em conformidade com a Resolução 46/86 da Assembleia Geral, que rejeita que o sionismo seja uma forma de racismo e discriminação racial”.
Fonte: Nações Unidas