Compradores da Alitalia confiam em relançamento em dezembro

MILÃO – Os investidores que concorrem à companhia aérea italiana Alitalia estão confiantes de que poderão relançá-la até 1 de Dezembro, apesar de os seus pilotos e comissários de bordo ainda rejeitarem o negócio.

MILÃO – Os investidores que concorrem à companhia aérea italiana Alitalia estão confiantes de que poderão relançá-la até 1 de Dezembro, apesar de os seus pilotos e comissários de bordo ainda rejeitarem o negócio.

O grupo Compagnia Aerea Italiana (CAI) apresentou uma oferta vinculativa na sexta-feira, após uma semana de duras negociações com os inúmeros sindicatos da companhia aérea.

Embora não tenha conquistado os pilotos e comissários de bordo, garantiu o apoio de quatro sindicatos que detêm a maior parte da influência.

O presidente-executivo da CAI, Rocco Sabelli, disse esperar que aqueles que ainda resistem acabem mudando de ideia.

“Estou convencido de que no final embarcaremos nesta aventura de relançar a Alitalia com eles”, disse ele ao jornal La Repubblica no domingo. “No dia primeiro de dezembro poderemos decolar.”

A oferta da CAI pôs fim a meses de angústia nacional sobre o futuro da Alitalia, que corria o risco de ser suspensa nas próximas semanas por falta de fundos.

Os seus pilotos e comissários de bordo aceitaram a ideia da aquisição, mas rejeitaram a oferta final devido aos termos e condições dos novos contratos de trabalho.

Um dos seus líderes sindicais zombou da ideia de que a nova Alitalia pudesse voar sem eles. “Vão colocar os aviões em voo com os bagageiros? Desejo-lhes sorte”, disse Massimo Notaro, da Unione Piloti, ao jornal Corriere della Sera no sábado.

Independentemente da posição dos cinco sindicatos recalcitrantes, o presidente do CAI, Roberto Colaninno, disse que o seu grupo telefonaria a cada um dos seus membros para lhes oferecer um emprego na nova companhia aérea.

“Contrataremos pessoal de voo por meio de uma lista de chamada”, disse ele em entrevista publicada no jornal Il Sole 24 Ore de domingo. “Não nos renderemos à… chantagem.”

Nem Sabelli nem Colaninno divulgaram o preço de oferta dos melhores ativos da Alitalia, mas planeiam levantar 1.1 mil milhões de euros para pagar a compra e o relançamento. Il Sole 24 Ore disse que a CAI estava oferecendo cerca de 350 milhões de euros.

OBSTÁCULOS FINAIS

Antes de poder prosseguir com os seus planos, a CAI precisa primeiro de obter a aprovação do comissário de falências da Alitalia e espera-se uma decisão nas próximas duas semanas.

A CAI também quer esperar que a Comissão Europeia decida se um empréstimo de 300 milhões de euros concedido à Alitalia pelo governo italiano violou as regras da UE que proíbem os auxílios estatais. Caso seja considerado ilegal, a CAI não quer assumir a responsabilidade.

Jornais italianos disseram no domingo que o comissário de Transportes da UE, Antonio Tajani, propôs relegar o empréstimo à parte da companhia aérea que a CAI não queria.

A CAI também está prestes a fechar um acordo com a Air One, uma transportadora italiana de menor porte com a qual irá fundir a nova companhia aérea. O toque final será encontrar um parceiro estrangeiro, sendo os candidatos mais favorecidos a Air France-KLM e a Lufthansa. Espera-se que o CAI anuncie sua escolha até meados de novembro.

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Sobre o autor

Linda Hohnholz

Editor-chefe para eTurboNews baseado no eTN HQ.

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