O órgão regulador da aviação civil da União Européia anunciou que irá 'retirar da terra' aeronaves Boeing 737 MAX, que foram universalmente proibidas de voar até a próxima semana.
O jato problemático fabricado nos Estados Unidos ficou parado em todo o mundo por quase dois anos após se envolver em dois acidentes mortais no final de 2018 e no início de 2019.
Falando na terça, Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) o diretor executivo Patrick Ky disse que o regulador publicaria uma diretiva de aeronavegabilidade atualizada com relação Boeing 737 MAX na próxima semana.
Companhias aéreas no Brasil e nos Estados Unidos já estão operando com a aeronave, enquanto o Canadá anunciou na segunda-feira que removeria a proibição de voos do 737 MAX em 20 de janeiro.
O voo da Lion Air 610 caiu no Mar de Java 13 minutos após a decolagem em outubro de 2018, matando 189 pessoas. Em março de 2019, o voo 302 da Ethiopian Airlines caiu perto da cidade de Bishoftu apenas seis minutos após a decolagem, matando todas as 157 pessoas a bordo. Em ambos os casos, o software anti-stall da aeronave foi responsabilizado pelos acidentes fatais.
O 737 MAX tinha voado apenas 500,000 voos quando aterrou, o que lhe deu uma taxa de acidentes fatais de quatro voos por milhão, muito mais alta do que a maioria dos aviões comerciais modernos.