“Tentamos ser como nossos países concorrentes, evitando restrições e facilitando a entrada de estrangeiros na Itália. Os mesmos que nas sondagens de janeiro definiram a Itália como o primeiro país a visitar, mas que na realidade levam a Itália ao quinto lugar na lista de chegadas no final do ano”, afirmou. Ministro do Turismo da Itália Massimo Garavaglia.
Este é um tema tratado pelo Ministro Garavaglia em seu discurso na Assoturismo-Confescercenti (a Federação Italiana de Turismo e a associação que representa as categorias afiliadas em comércio, turismo e serviços) intitulada “Retorno à grande beleza”, realizada em Roma.
600 milhões disponíveis versus 3 bilhões necessários
Garavaglia salientou a necessidade de melhorar sobretudo nas instalações de acolhimento e alojamento e que os 600 milhões disponibilizados pelo governo revelaram-se insuficientes face a um pedido de 3 mil milhões.
“Vamos atender a todas as solicitações que são fundamentais para uma adequação das estruturas. Mesmo no digital ainda falta”, disse o ministro, acrescentando:
“Devemos estar em pé de igualdade com outros países e também investir na qualidade dos serviços.”
O ministro abordou ainda o problema da falta de pessoal sazonal e a necessidade de encontrar uma solução indo pescar entre os beneficiários dos rendimentos de cidadania. “Eles poderiam empregar pelo menos um terço dos recebedores de renda em empregos sazonais. A solução poderia ser permitir que a acumulação incentivasse o trabalho, deixando ao beneficiário metade da renda.”
Primeiros dados sobre chegadas
Quanto aos primeiros dados de chegadas, sobretudo nas cidades artísticas, o ministro salientou o bom desempenho alcançado nos últimos meses e as excelentes previsões para os próximos.
Ele afirmou que eles devem “melhorar e investir no que o mercado exige hoje. Hoje, o cicloturismo está em grande demanda, e estamos investindo 5 bilhões nisso, enquanto a Alemanha investiu 20 bilhões na mesma marca”, destacou.
Setor de saída italiano
As compras de viagens online estão a registar uma recuperação significativa em 2022, com as intenções de compra espanholas a aumentarem 7% e a atingirem 38% da população, como revelam os dados recolhidos na segunda edição do relatório Digital Pulse da Adevinta.
Embora represente uma melhora significativa, esse crescimento é mais lento do que os dados anteriores à pandemia. De acordo com o estudo, de fato, antes do COVID, 44% da população declarou que havia reservado suas viagens online.
Durante o primeiro ano da pandemia, depois que as viagens foram interrompidas devido a restrições impostas para conter infecções, o número caiu para 15%, um percentual de 23 pontos inferior ao deste ano. Em 2021, subiu 16 pontos para 31%, uma recuperação que agora se consolida com os números de 2022, com um aumento de 7 pontos para 38%, mas ainda 6 pontos abaixo de 2019.
Nas gerações
Analisando os dados por gerações, o estudo revela crescimento em todas as categorias, principalmente entre as pessoas com 65 anos ou mais, segmento da população que registra um aumento de 10 pontos percentuais entre 2021 e 2022, passando de 25% para 35%.
Román Campa, CEO da Adevinta Espanha, explica o aumento com o facto de este segmento antes da pandemia fazer este tipo de compras presenciais em agências de viagens offline.
“Durante a pandemia, adquiriram hábitos digitais que se refletem em tendências como esta e que explicam porque é cada vez mais comum que os seniores utilizem a Internet para organizar as suas férias”, explicou.
Ele acrescentou que esse hábito de compra crescerá nos próximos anos, à medida que as gerações mais digitalizadas subirem na pirâmide populacional.
Após os maiores de 65 anos, o segundo maior aumento é registrado entre os Millennials, registrando mais 7 pontos de 35% a 42%, enquanto entre os membros das gerações Z, X e Baby Boomers, o aumento é de 6 pontos percentuais.
Em 2021, as viagens ficaram em quarto lugar no top 5 das categorias de itens ou serviços mais comprados online, com 31% da população em um ano ainda marcado por restrições e medidas anti-COVID.