O órgão de vigilância da mídia estatal russa, Roskomnadzor, anunciou que o YouTube, uma plataforma de hospedagem de vídeos de propriedade do Google, se recusou a remover mais de 12,000 vídeos “espalhando notícias falsas” sobre o curso da guerra de agressão da Rússia na Ucrânia.
“Além disso, o YouTube não combate a divulgação de informações por organizações extremistas como o Setor Direita e o batalhão nacionalista Azov”, afirmou o Roskomnadzor, referindo-se a grupos paramilitares ucranianos que, ao lado das Forças Armadas ucranianas, estão defendendo a Ucrânia contra invasores russos. .
Roskomnadzor também afirma que também encontrou quase 60 casos de “discriminação” contra o governo russo, os meios de comunicação do país, organizações públicas e esportivas, bem como indivíduos pela plataforma de hospedagem de vídeo.
“Em particular, foi revelado o bloqueio de contas ou conteúdo das agências de notícias Russia Today, Russia 24, Sputnik, Zvezda, RBC, NTV e muitas outras”, disse o regulador, referindo-se aos porta-vozes da propaganda russa na folha de pagamento do governo.
Hoje, o regulador de mídia estatal russo anunciou que proibiu a publicidade de recursos de informação do Google em Rússia, devido a essas “violações” e “não conformidades” com as leis.
“A proibição total da distribuição de publicidade no Google e seus recursos se deve à disseminação de desinformação por uma entidade estrangeira em violação da legislação russa”, disse a assessoria de imprensa do Roskomnadzor através do canal de telegrama do regulador.
A nova proibição entrará em vigor até que o Google “tome todas as medidas necessárias” para “cumprir completamente a lei russa”, segundo o regulador.