O governo do Mali anunciou que, após comentários “hostis e ultrajantes” feitos pelas autoridades francesas sobre a junta do país, a enviada francesa em Bamako, Joelle Meyer, deve deixar o país dentro de três dias.
O embaixador da França recebeu 72 horas para deixar o Mali depois que o ministro das Relações Exteriores francês e outros funcionários do governo “repetidamente” se manifestaram contra as autoridades nacionais do Mali de uma maneira que era “contrária ao desenvolvimento de relações amistosas entre as nações”, disseram autoridades do Mali.
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse que o governo militar do Mali estava "fora de controle", à medida que as tensões aumentavam entre os dois países devido ao envio de uma força antiterrorista liderada pela França.
Funcionários da junta do Mali “condenaram vigorosamente” os comentários. Eles também já haviam alertado a Dinamarca para retirar imediatamente mais de 100 militares que entraram no país como parte da força antiterrorista, considerando sua presença ilegal, apesar de Copenhague dizer que eles estavam lá em um “convite claro”.
A ministra da Defesa francesa, Florence Parly, disse que França não estava “preparado para pagar um preço ilimitado para permanecer no Mali”.
No entanto, ela disse que os outros 15 Europa os países envolvidos na operação antiterrorista na região do Sahel decidiram manter a missão, pelo que devem ser determinadas novas condições.