A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou hoje que a variante Ômicron do novo coronavírus representa um alto risco de novos surtos de infecção.
QUEM alertou os 194 países membros que a possibilidade de um novo surto poderia ter consequências graves, mas observou que nenhuma morte foi relatada até o momento como resultado da nova cepa.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse em um discurso no a Casa Branca que a nova variante é motivo de preocupação, mas não de pânico. Segundo Biden, a variante chegará a solo americano mais cedo ou mais tarde; portanto, a melhor abordagem no momento é a vacinação.
Na próxima quinta-feira, a a Casa Branca, a sede do governo dos Estados Unidos, lançará uma nova estratégia para lidar com a pandemia e suas variantes durante o inverno. Joe Biden disse que o plano não incluirá novas ações que restrinjam a circulação de pessoas ou contenham aglomerações. “Se as pessoas forem vacinadas e usarem máscaras, não há necessidade de um novo bloqueio [confinamento]”, disse ele.
O presidente frisou, no entanto, que ainda vai demorar algumas semanas para se comprovar a eficácia dos imunizantes disponíveis contra o Ômicron.
O especialista em saúde Anthony Fauci, conselheiro do governo para ações contra a pandemia, disse que o país "está obviamente em alerta vermelho". “É inevitável que se espalhe amplamente”, disse ele em entrevista a uma rede de televisão no último sábado.
De acordo com as projeções de QUEM e agências internacionais de saúde, o número de casos da variante Ômicron deve ultrapassar 10,000 nesta semana, em comparação com 300 registros feitos na semana passada, informou o professor Salim Abdool Karim, especialista em doenças infecciosas que trabalha no combate à pandemia no governo do sul. Africano.
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, denunciou nas redes sociais o que chamou de abordagem “injustificada e não científica” do país. Para Ramaphosa, o fechamento de fronteiras e a proibição de voos de países do sul da África fere profundamente as economias que dependem do turismo, além de ser “uma espécie de punição para a capacidade científica de detectar novas variantes”.
O presidente da África do Sul pediu às autoridades internacionais que não estabeleçam restrições aos voos para a região.