Tripulante de avião do presidente brasileiro preso na Espanha com '86 libras de cocaína '

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A polícia espanhola prendeu um tripulante de um avião militar brasileiro, usado para providenciar a viagem do presidente do Brasil à cúpula do G20, com um saco de cocaína na bagagem. O líder brasileiro disse que o homem não era de “seu time”.

O militar da Força Aérea foi preso pela Guarda Civil da Espanha na terça-feira no aeroporto de Sevilha, onde o avião parou antes de voar para Osaka para a próxima cúpula do G20. Segundo o El Pais, a carga ilegal foi encontrada dentro de uma mala do sargento Manoel Silva Rodrigues, durante uma verificação obrigatória. As autoridades alfandegárias espanholas descobriram 37 pacotes de cocaína, cada um pesando mais de um quilo, ou cerca de 39 kg (86 libras) no total, que o brasileiro, segundo informações, nem se deu ao trabalho de esconder adequadamente antes de tentar entrar no país.

O contrabandista fracassado foi preso enquanto o resto da tripulação partiu para o Japão na mesma tarde. A aeronave será usada como avião reserva do presidente Jair Bolsonaro após o fim da cúpula do G20.

A aplicação da lei espanhola está agora tentando estabelecer o destino pretendido dos narcóticos. O Ministério da Defesa do Brasil se comprometeu a cooperar com a investigação.

O presidente brasileiro denunciou a pessoa presa. “Apesar de não ter relação com a minha equipe, o episódio de ontem na Espanha é inaceitável”, tuitou, acrescentando que a tentativa de usar transporte público para o tráfico de drogas foi “desrespeito ao nosso país”.

O avião com Bolsonaro a bordo, que deveria pousar em Sevilha antes de voar para o Japão, mudou ligeiramente de curso após o incidente. Lisboa foi usada para uma escala em vez disso, com o gabinete do presidente não oferecendo nenhuma explicação para a mudança.

O escândalo pode ser particularmente embaraçoso para o presidente, cujo governo promulgou políticas mais duras contra crimes relacionados às drogas no início deste mês, que foram aprovadas pelo parlamento em maio. As novas regras aumentam a pena mínima para os traficantes e exigem que os usuários sejam reabilitados independentemente de sua vontade, desde que um membro da família concorde com isso. Bolsonaro, que foi eleito com base em uma plataforma de lei e ordem, é um crítico confesso da liberalização das drogas.

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