Halal Internet? Navegador 'compatível com Sharia' lançado na Malásia

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O primeiro pacote de serviços de Internet compatível com a Sharia do mundo foi lançado na Malásia - junto com os serviços de navegador, chat e sadaqah.

A startup da Malásia, SalamWeb, busca criar uma experiência Halal na web para muçulmanos, incluindo mensagens, navegação e notícias, filtradas por meio de avaliações de usuários, para estar de acordo com a lei islâmica.

Como qualquer pessoa que já passou bastante tempo no Facebook ou Twitter pode dizer, a mídia social moderna dificilmente pode ser descrita como um ambiente confortável para aqueles que tentam navegar de acordo com os princípios estritos do Islã, que proíbe favoritos da web como jogos de azar, pornografia e celebrações de beber excessivo. E é aqui que a nova empresa quer capitalizar, estabelecendo uma meta ambiciosa de conquistar o mercado de pelo menos 10% dos 1.8 bilhão de muçulmanos do mundo.

“Queremos tornar a internet um lugar melhor”, explicou o diretor-gerente do projeto, Hasni Zarina Mohamed Khan, de acordo com a Bloomberg. “Sabemos que a internet tem o que é bom e o que é ruim, então SalamWeb oferece uma ferramenta para criar essa janela que permite que você vá à internet para ver o que é bom.

O programa tem vários recursos que visam explicitamente “otimizar o modo de vida islâmico”, incluindo cronômetros de oração, uma bússola que aponta para Meca e filtros que evitam o álcool e negócios relacionados com a carne de porco. É o primeiro navegador a ser endossado pelo Conselho Internacional de Supervisão da Sharia como sendo compatível com a lei islâmica.

No entanto, o projeto não é controlado exclusivamente para muçulmanos. O sistema de etiquetagem e votação baseado na comunidade, semelhante ao Reddit, visa “promover valores universais”, alertando os usuários quando eles abordam conteúdo que foi sinalizado como abusivo ou fraudulento.

À medida que o Facebook e o Google estão sob crescente escrutínio sobre questões de privacidade e segurança, os filtros de segurança de terceiros provavelmente se tornarão cada vez mais procurados.

Embora o SalamWeb aparentemente ofereça uma experiência voluntária para ajudar os usuários a navegar de acordo com suas crenças, a fusão de religião e tecnologia nem sempre é tão benigna. Em novembro passado, a Indonésia lançou um aplicativo que ajuda os usuários a informar o governo sobre pessoas que praticam “crenças heréticas” não reconhecidas pelo estado.

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