O governador de São Paulo, João Doria, anunciou que a vacinação para coronavírus será obrigatório para todos os residentes do estado.
O chefe do Estado mais populoso do Brasil disse a jornalistas que a imunização começará assim que a vacina for autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Em São Paulo será obrigatório, exceto para quem tem atestado médico e atestado de que não pode [tomar a vacina]”, disse Doria, explicando que o estado vai adotar as normas necessárias para a medida.
A mídia local noticiou que o governo de São Paulo espera que a vacina chinesa CoronaVac seja aprovada pelo órgão regulador a tempo de iniciar a vacinação da equipe médica em dezembro. Os testes devem ser concluídos neste fim de semana, com os resultados prontos na segunda-feira.
A declaração do governador rapidamente gerou uma briga com o presidente do Brasil.
Aparentemente reagindo aos comentários de Doria, o presidente Jair Bolsonaro escreveu nas redes sociais que o Ministério da Saúde fornecerá a vacinação “sem torná-la obrigatória”. Ele citou duas leis que dizem que é tarefa do governo federal determinar se deve realizar a vacinação obrigatória.
Bolsonaro, que se recuperou da Covid-19 em julho, afirmou anteriormente que “Ninguém pode forçar ninguém a tomar uma vacina”. Os críticos o acusam de minimizar a extensão da pandemia, com Doria alertando o presidente contra “Politizando” a vacina.
O Brasil teve mais de 5.2 milhões de infecções por Covid-19 desde o início do surto, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. Mais de 153,200 mil pessoas morreram no Brasil, o segundo maior número de mortes por coronavírus, depois dos Estados Unidos.